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  • 19.08.2021

Artigo de Opinião – Adriano Loureiro: Boa perspectiva para o esporte de rendimento

O Brasil encerrou os Jogos Olímpicos de Tóquio com o melhor desempenho de todos os tempos, superando inclusive países mais ricos por renda per capita.
Sabe-se que o esporte de alto rendimento depende, principalmente, de dois fatores: investimento financeiro e número de praticantes.O investimento, por sua vez, depende da economia do país, enquanto o número de praticantes depende das políticas públicas desenvolvidas pelo país. Muito se fala do pouco investimento que existe no esporte de alto rendimento brasileiro, mas o fato é que essa melhoria no número de medalhas que tivemos em Tóquio deve-se, também, ao aumento de investimento que ocorreu na área do esporte nos últimos 20 anos.

A lei federal Agnelo Piva (2001) determina que 2% da arrecadação bruta de todas as loterias federais do país sejam repassadas para o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Só para se ter uma ideia, neste último ciclo Olímpico (Rio-Tóquio) foram arrecadados quase 1 bilhão de real. Uma outra lei federal (2004), a bolsa-atleta, garantiu mais 500 milhões nesse ciclo Olímpico, o que custeou apoio financeiro mensal para vários atletas.

Um programa esportivo do Ministério da Defesa (PAAR – criado em 2008) também é responsável por apoiar vários atletas brasileiros.Para os Jogos Olímpicos de Tóquio, embarcaram 92 atletas militares. É importante destacar a participação do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) no apoio ao esporte nacional. O CBC também recebe recursos das loterias para o fomento ao esporte.

Além disso, as leis de incentivo fiscal ao esporte, federal e estaduais, tem contribuído para o fortalecimento de projetos necessários para o esporte nacional. Vale pôr em evidência nos últimos anos a melhor gestão das entidades esportivas, como federações, confederações, COB, CPB, entre outros.Com tudo isso, desde que continuemos com esses incentivos econômicos, com nosso povo talentoso e trabalhador, a perspectiva para os Jogos Olímpicos de Paris é a melhor possível.

Adriano Loureiro

Superintendente do Centro de Formação Olímpica (CFO) e Professor do Curso de Educação Física da Universidade Estadual do Ceará (Uece).
O Povo. Versão impressa: 19/08/2021